Populismo, Elitismo e Democracia
Reflexões a partir da Operação Lava-Jato
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-6019_12_1Palabras clave:
Populismo, Brasil, Operação Lava Jato, judiciário, imprensa, BolsonaroResumen
Nos últimos anos, tornou-se bastante popular a sugestão de que o fenômeno do “populismo” – associado a líderes políticos fortes, que apelariam para uma conexão direta com o povo como forma de contornar a autoridade das demais instituições políticas – constitui uma ameaça de primeira ordem aos regimes democráticos. De acordo com esse argumento, a melhor forma de conter essa ameaça seria fortalecer o papel das instituições de controle (tais como o Judiciário e a imprensa) na política. Neste artigo, sugerimos que, por mais sedutor que esse argumento possa parecer à primeira vista, ele apresenta uma perspectiva simplista e unidimensional sobre o problema. Para ilustrá-lo, exploramos alguns aspectos do acentuado declínio que a democracia brasileira experimentou nos últimos anos, culminando na ascensão de Jair Bolsonaro – um político que preconiza abertamente suas simpatias por um regime autoritário – à Presidência. Argumentamos que, longe de servir como barreira ao autoritarismo, as instituições de controle atuaram sistematicamente como agentes de desestabilização da democracia e, desse modo, abriram caminho para a vitória de Bolsonaro.
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