Portugal e as Conferências Sanitárias Internacionais (Em torno das epidemias oitocentistas de cholera-morbus)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_9_9Palavras-chave:
Cólera, Portugal, Conferências Sanitárias InternacionaisResumo
Entre as epidemias que, no século XIX, afectaram as populações europeias a cólera foi das que maior susto provocou, perante a impotência do saber médico e dos Estados. As medidas públicas tomadas no combate antiepidémico divergiam de país para país. O impacto económico destas divergências tornou-se uma preocupação e, a partir de 1851, as potências europeias reuníram-se regularmente em Conferências Sanitárias Internacionais que visavam a discussão científica da nosologia e a uniformização das medidas que, sem pôr em risco as populações, minimizassem as demoras que sujeitavam o comércio internacional. Os debates dão conta de um conhecimento científico em mutação, e ilustram posições nacionais divergentes e mutáveis. O objectivo deste artigo não é seguir detalhadamente as epidemias de cólera, nem fazer o levantamento exaustivo do estado do conhecimento médico e dos diferentes tratamentos prescritos ao longo de Oitocentos em Portugal. As questões que se levantam são as seguintes: 1) qual a posição adoptada por Portugal nas Conferências Sanitárias Internacionais, perante as epidemias de cólera?; 2) como se justificaram, interna e diplomaticamente, as políticas adoptadas?; 3) que modelo e exemplos se seguiram no combate à epidemia?
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