Menos insegurança hoje, mais liberdade amanhã. O passado ensina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-6336_22_1

Palavras-chave:

Burocracia, Europa, Genocídio, Nazismo, homo homini lupus

Resumo

Este ensaio está divido em duas partes intimamente interligadas. A primeira delas – “A burocracia da destruição” – refere-se ao mais contundente episódio de aniquilação sistemática do “inimigo”, a partir da negação dos seus direitos e da subestimação de seus atributos humanos. Na outra parte – “Homo homini lupus” – procura-se mostrar que a índole das pessoas e a trajetória histórica dos povos podem convergir em uma resultante que possibilita acontecer aquilo que os homens normais não imaginam que aconteça, cujo exemplo maior – embora não único – é o holocausto, o qual foi promovido pelo movimento totalitário nacional-socialista e sistematizado por um grupo burocrático-ideológico fanatizado. A breve consideração final, à guisa de conclusão, diz respeito à crença no aprendizado da geração atual com as que lhes antecederam no conturbado século XX. A maior estabilidade sociopolítica, nomeadamente na Europa de hoje, contribui para uma melhor convivência entre pessoas, maior confiança entre países e mais liberdade para todos.

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Publicado

2020-04-27

Como Citar

Alves, S., & Valente, I. M. F. (2020). Menos insegurança hoje, mais liberdade amanhã. O passado ensina. Debater a Europa, (22), 9-21. https://doi.org/10.14195/1647-6336_22_1

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