Sobre as fantasias originárias no cinema de ficção científica
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8606_63-1_2Palavras-chave:
Cinema, Ficção Científica, Psicanálise, Fantasia InconscienteResumo
O presente artigo recorre ao conceito de fantasia inconsciente como instrumento de análise de um conjunto heterogéneo de filmes de ficção científica, desde a space opera ao filme sobre viagens no tempo, que marcaram este género cinematográfico, desde a década de 50 do século passado à atualidade. Através de uma revisão da literatura, do tipo narrativo ou não sistemático, procurou-se identificar e explorar as protofantasias subjacentes à trama dramática de obras fílmicas de referência, nomeadamente as fantasias de sedução, castração e da cena primitiva. O cinema de ficção científica parece facultar uma espécie de mitologia arquetípica contemporânea, com os seus próprios deuses e heróis, em conexão com as fantasias originárias dramatizadas, cuja apropriação idiossincrática é transversal a povos e culturas diferentes.
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