Reflexões sobre a síndroma do portefolio

Autores

  • Mathis Behrens Instituto Superior de Psicologia e de Formação de Professores de Lausanne

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8614_40-3_7

Resumo

O campo da educação conhece um entusiasmo considerável pelo portefolio. E contudo, as vozes discordantes parecem anunciar que o fascínio ultrapassou o seu paroxismo. A revista Suiça Educateur Magazine numa edição recente coloca a questão: instrumento de formação ou areia para os olhos? Alguns professores em formação criticam o instrumento porque receiam que a economia esteja a penhorar a educação. Apesar destas reservas, os projectos difundem-se, nomeadamente na formação de professores. Na formação profissional, o Instituto Suíço de Pedagogia para a Formação Profissional (ISPFP), em Zollikofen e Lausanne, foi também contaminado pela portefoliomania e trabalha, desde 1995, sobre diferentes projectos. Foram objecto de relatos nas revistas especializadas (Behrens 1997, 2000), contribuíram para os debates políticos da formação profissional (ISPFP, 1997) ou foram retomados nos ateliês de formação Behrens. O presente artigo mostra como as práticas de portefolio, adjacentes umas às outras, podem obedecer a finalidades muito distintas. Com efeito, quando os docentes em formação preparam as aplicações do portefolio, são muitas vezes surpreendidos pela polissemia do termo e pela quantidade de usos que lhe estão associados. A ausência de uma clareza conceptual faz com que as propostas apresentadas oscilem entre a utilização como ajuda à aprendizagem, tarefa de avaliação ou como utensílio de gestão de carreira.

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Publicado

2006-12-01

Como Citar

Behrens, M. (2006). Reflexões sobre a síndroma do portefolio. Revista Portuguesa De Pedagogia, (40-3), p. 187-197. https://doi.org/10.14195/1647-8614_40-3_7

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