Vol. 6 N.º 2 (2018): Electronic Literature: Communities

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ELO 2017

A ELO (Organização de Literatura Eletrónica) organizou a sua Conferência, Festival e Exposições de 2017, entre os dias 18 e 22 de julho, na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, bem como em vários outros locais no centro histórico da cidade do Porto. Intitulada “Literatura Eletrónica: Filiações, Comunidades, Traduções”, a ELO'17 propôs “uma reflexão sobre diálogos e histórias por contar ​​da literatura eletrónica, proporcionando um espaço de debate sobre as relações, negociações e movimentos identificáveis no campo da literatura eletrónica”. Teve como objetivo “contribuir para deslocar e re-situar as visões e histórias estabelecidas da literatura eletrónica, a fim de alargar e expandir o seu campo, mapear relações textuais descontínuas entre histórias e formas, e criar aparatos produtivos e poéticos através de combinações inesperadas”. O Volume 6 da revista MATLIT: Materialidades da Literatura publica artigos selecionados da ELO 2017. Os artigos foram divididos em três números de acordo com os tópicos da conferência: 6.1 Filiações, 6.2 Comunidades e 6.3 Traduções. Ensaios e artigos de investigação são publicados na “seção temática”, enquanto textos sobre projetos artísticos e instalações surgem na secção “mediarama”.

Comunidades

Citamos a descrição original do tema Comunidades: “A literatura eletrónica é global. Cria um fórum no qual os sujeitos da rede global agem, lutando para definir a sua localização e a sua situação. Este tópico tem como objetivo alargar o entendimento relativo às comunidades de literatura eletrónica e ao modo como a literatura é relatada no seio de diversas comunidades de prática”. A abordagem eco-social de Eugenio Tisselli à materialidade da luz, e a crítica de Matthew Kirschenbaum à fixação tecno-experimental da comunidade e-lit interrogam muitos dos nossos próprios pressupostos sobre os meios digitais de produção social e artística. Estas interrogações iniciais ecoam também nas práticas de cinema digital analisadas por Will Luers e nos projetos feministas descritos por Maria Angel e Anna Gibbs. A gravação de som e a perceção aural, os usos do som na literatura eletrónica e a literatura digital para crianças são alguns dos temas abordados em artigos que analisam diferentes comunidades de prática.

Rui Torres (Universidade Fernando Pessoa)
Manuel Portela (Universidade de Coimbra)

Publicado: 2018-08-10

Secção Temática | Thematic Section